imagem7Pedro Gomes, uma das vitimas da Portaria 1.104GM3/64

ESTE ESCAPOU DO OBJETIVO INDEFECTÍVEL DO “INIMIGO”


“O tempo é o grande obstáculo para a correta distribuição de justiça”. Francesco Carnelutti, um dos maiores processualistas, de categoria internacional, nos deixou  escrito, sobre CELERIDADE PROCESSUAL, baseando-se no instituto do “periculum in mora” (que é o risco, o perigo, deterioração da coisa, em função da demora da tutela que se pede), no nosso caso,   —  declaração da anistia;  — deixou escrito eu dizia, pela citação de Luiz Guilherme Marinoni, em sua obra “Tutela Cautelar e Tutela Antecipatória”, São Paulo, Revista dos Tribunais, 1992, p. 15/16, in verbis:

“Uma das questões que emerge quando tratamos do tema da efetividade do processo, é a da equação do problema rapidez-segurança. É que, ‘se o tempo é a dimensão fundamental na vida humana, no processo desempenha ele idêntico papel; não somente porque, como diz Carnelutti, processo é vida, mas também porquanto, tendendo o processo a atingir seu fim moral com a máxima presteza, a demora na sua conclusão é sempre detrimental, máxime quando se cuida de evitar os empeços à sua própria eficácia na atuação do direito objetivo.‘ “ (g.n.)

Vinicius de Moraes, nosso grande poeta e diplomata, nos deixou:

“…Sei lá, sei lá…
A vida é uma grande ilusão.
Sei lá, Sei lá…
A vida tem sempre razão.”

Além de: “A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida.”

Já, o maravilhoso compositor (poeta também) João Nogueira, parceiro de Paulo Cesar Pinheiro, que foi casado com a espetacular cantora Clara Nunes, nos abrilhantou, dentre outras, com esta mensagem:

“A vida é sempre uma missão.

A morte uma ilusão.

Só sabe quem viveu.

Pois quando o espelho é bom.

Ninguém jamais morreu.” (isto, se referindo ao fato de que a descendência é um “espelho”)

Porém, aqui em nossas coisas comesinhas, evidentes, mais íntimas, não é da vida que queremos falar, e, sim, do LUTAR PELA VIDA. —  Do “lutar pela vida” face às adversidades exógenas, às tormentas, que no caso específico das vítimas do: a) exagero da ditadura, b) sua mão de ferro, c) das vítimas da Portaria 1.104GM3/64, inexoravelmente as tormentas tiveram início há mais de quatro décadas. E AGORA, MESMO DIANTE DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO, mesmo diante de um ESTATUTO DO IDOSO em vigor, elas voltam a serem aplicadas. Pasmem !

Embora tanto tempo passado, insistem os atuais “homens do direito”, eLLes, em repetir o sofrimento por nós já experimentado lá pelos idos dos anos 70, com nossas careiras ceifadas.

Só que, agora, não temos mais aquela saúde, aquela juventude, a idade chegou…

E, aí, quando o Poder Público impinge às vítimas da Portaria 1.104GM3/64 o castigo de ter que assistir o descumpriemto da Carta Magna, da Legislação, do Estatudo do Idoso; assistir a violação da decência, da dignidade e do respeito, não são aos juristas e poetas, como dito acima,  que devemos reveranciar… . A VERDADE, pura e simples, nos veio à luz, em uma AUDIÊNCIA PÚBLICA, ocorrida recentemente, quando um amigo nosso, também vítima do abítrio e da REPETIÇÃO DO CASTIGO, teve a coragem de clamar aos “nosso opositores”, sob aplausos, de forma até parcimoniosa que:

“Doutor, enquanto as vítimas estão morrendo, a AGU está aí de brincadeira.”

(Clique Aqui para assistir o vídeo)

Todos sabem deste episódio funesto que, impiedosa e ineficientemente foi retrucado, como se verdade, atual, não fosse.

Que me perdoem os juristas, por mim citados acima, pelo brilhantismo, e, o brilhantismo dos meus queridos poetas, que me trazem a alegria. Mas, não posso deixar de ver com o mesmo brilho, e específica propriedade, as palavras do “irmão de causa”, corretíssimo em suas assertivas, o Bezerra, numa tentativa sagaz de pedir pelo seu semelhante.

As fotos acima mostram a verdade que o Poder Público NÃO QUER VER !

Um IAM – INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO, sofrido por um contendor, que suplica (junto com tantas outras vítimas da PERSEGUIÇÃO POLÍTICA) seu direito à anistia, há oito anos,  oito longos e dolorosos anos, à Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.

Fotos de uma vítima que sobreviveu à NOVEL PERSEGUIÇÃO POLÍTICA DA UNIÃO FEDERAL, ‘bis in idem‘, lamentando a efetiva perda de tantos de tantos outros amigos de infortúnio, os quais, não tiveram a mesma sorte de sobrevider…

Assim, seja a  vida: um “processo”, uma “ilusão”, uma “razão, uma “missão”; fato é que todos temos que POR ELA LUTAR. E tal luta seria muito mais amena, MAIS LEAL, se as forças espúrias (ou inércia) exógenas como a da C.A. do MJ, a daAGU, a do COMAER, do MP, do TCU, dos vários CONJU(s), da CEANISTI, do JUDICIÁRIO, da CGU, dentre outros, seguissem a Constituição Federal, a LEI, a “razoabilidade” e o bom senso.

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ESTA ESCRITA SÓ FOI POSSÍVEL PORQUE HOUVE UMA ENXURRADA DE PRECES E VOTOS DE PRONTO RESTABELECIMENTO, E, NATURALMENTE, O ATENDIMENTO DE DEUS ÀS TAIS SÚPLICAS AMIGAS. ASSIM, RENOVO, MAIS UMA VEZ, E SEMPRE, OS MEUS SINCEROS AGRADECIMENTOS À TURMA.   —   PEDRO GOMES.

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Postado por Gilvan Vanderlei
Ex-Cabo da FAB – Vítima da Portaria 1.104GM3/64
E-mail gvlima@terra.com.br