Terça, 16 de Outubro de 2012 – 12:00
O primeiro a ser ouvido foi o brigadeiro Rui Moreira Lima
A Comissão Nacional da Verdade começou a investigar, na última quinta-feira (11), as perseguições sofridas pelos militares que se opuseram à ditadura militar, que começou em 1964.
Um grupo específico da comissão foi designado para apurar as violações de direitos humanos de soldados e oficiais. Durante a ditadura, quem se opôs ao regime imposto foi cassado, perdeu salário, patente e foi preso.
O brigadeiro Rui Moreira Lima, de 93 anos foi o primeiro a ser ouvido pela comissão. Ele participou de 94 missões com aviões de caças na Itália, na 2ª Guerra Mundial.
O brigadeiro foi preso no dia 2 de abril de 1964, quando era comandante da Base Aérea de Santa Cruz, por se opor ao golpe. Após isso, foi aposentado compulsoriamente.
Quem fez a oitiva de Moreira Lima foi a advogada Rosa Cardoso, que integra a comissão.
A advogada afirma que os processos que envolvem militares perseguidos levam muito mais tempo para ser analisado do que os processos de reparação dos civis perseguidos durante a ditadura.
Rosa Cardoso ainda apresenta dados de militares que foram prejudicados pelo golpe. Segundo ela, entre 1964 e 1974, 1.312 militares foram punidos, conforme o cientista político Marcos Figueiredo identificou.
A advogada, com base nos estudos de Maria Helena Moreira Alves, afirma que entre 1964 e 1967, em três anos, houve mais de 1.200 expurgos, disse.
Rosa, ainda com base no estudo de Maria Helena, observa que entre 1964 e 1980, houve um total de 4.766 prisões ou suspensões disciplinares de militares.
A Comissão pretende, até o fim de novembro, fazer uma reunião com o maior número possível de ex-militares que tenham sido prejudicados pelo golpe de 1964.
Fonte: http://www.bahianoticias.com.br/justica/
1 Comentário do post " Comissão da Verdade começa a apurar crimes cometidos contra militares que se opuseram à ditadura militar – O primeiro a ser ouvido foi o brigadeiro Rui Moreira Lima. "
Follow-up comment rss or Leave a TrackbackO brigadeiro Ruy figura entre os oficiais da estirpe do Marechal LOTT, nacionalistas democraticos e defensores das reformas de base propostas pelo pres. Jango, alem de ser um heroi de guerra título que ele Ruy, humildimente que não é heroi de nada, cumpriu seu dever patiótico.
As nossas FF.AA.precisam de militares com as qualidades destes dois exemplos e de tantos outros que dignificam as platinas que usam, assim como os demais militares que cumpriram com convicção as determinações destes comandos em defesa da Constituiçao de 1946 e da democracia.
Estes militares nãopassaram pela escola das Américas nem se transformaramem marionete dos norteamericanos.
João Guimarães Santana
santana-jo@hotmail.com
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